domingo, maio 23, 2010

Karine.



Kah, eu não costumo desejar feliz aniversário para as pessoas que significam um pouco mas que colegas, ou amigos para mim, eu acho tão simples, essa coisa de parabéns, tudo de bom, felicidade, amor paz e saúde, quando sabemos no fundo que muitos não o fazem de coração fazem apenas por fazer, ou por terem algo que os lembre numa agenda, num despertador, numa página da internet...costumo dá os parabêns, nos últimos
minutos que antecedem o fim do dia, porquê é no fim do dia, que extraimos das pessoas as melhores coisas que poderiamos ter de qualquer ser humano.
Eu desejo muito mas que felicidade, que amor, que paz, eu desejo paciência em todos os momentos que você quiser surtar, desejo equilibrio nas emoções e nos pensamentos que turbilham em sua mente, desejo que você espere com calma e serenidade os momentos que tanto almejou na vida, desejo que você tenha controle, controle de si mesma, de seus amores, desvaneios, controle, da sua vida e das suas atitudes, não que isso venha de brinde com os 18 anos que acaba de fazer, isso já veio programado em todos nós desde que fomos gerados no útero de nossas mães, mas só algumas pessoas são capazes de desenvolverem algo a favor de si mesmas pouquissimas pessoas, eu desejo que tenha ídeias geniais, daquelas que só saem de nós mesmos, sem autorias de outro alguém, desejo que você seja amada pela pessoa que mais deveria ser importante nesse mundo para você: você mesma, mais que tenha todo o amor do mundo, desejo que tenha ídeais firmes, sem amanhã acordar, e querer outro sonho no lugar, desejo que seja um dia o que você sonhou ser quando criança, desejo por fim, que os seus pensamentos mudem com essa nova idade, mude a favor de si mesma.
Eu admiro você kah, de algum jeito que não sei explicar, por alguma coisa que não sei o que é, mais eu a admiro, e eu acredito em você... acredito que irá conseguir tudo
que eu desejei acima, de coração. Felicidade não é algo fácil que ganhamos, felicidade, por menor que seja, a gente correu atrás de alguma maneira, nós controlamos tudo o que quisermos, nós somos responsáveis por nós, pela nossa felicidade, e pelo nosso sofrimento. Então Kah, enquanto ainda á tempo pra recomeçar, aproveite sua nova idade para tal, não espere um ano novo para começar coisas novas, desejo por fim mais uma vez, força de vontade.
Que Deus te abençõe kah, que você tenha os anjos mais iluminados ao seu redor.



O erro só é bom enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém que o arrastemos atrás de nós. (Johann Goethe)

"A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos." (Honoré de Balzac)


Ps.: Não postei ontem porquê sai de casa mais cedo do que esperava
PsI.: Não fui porquê minha mãe viajou.
PsII.: Me desculpa?

quarta-feira, maio 19, 2010

Concentração é algo que me falta as vezes, na maioria, nas horas em que mas preciso, ela me foge, deito, ouço charlotte, degusto a nicotina, e lá vamos nós de novo em busca da desnorteada concentração...achei, numa quarta-feira cinzenta, perdida por ai, algumas lembranças recentes tem me incomodado muito nos últimos dias, me atormentado eu diria. Andei por um longo tempo me dedicando a mim, esquecendo os encontros triviais, os jantares casuais, o barulho entediante das noites, refugiei-me em algum lugar que naufraguei, e desejei não voltar. A rotina, a única coisa que mais me entendiou nos últimos anos, infelizmente ou felizmente, é algo que me permite viver, na rotina, eu não esperei pelos encontros, pelos jantares, pelo barulho, mais encontrei o que eu menos esperava, encontrei no desencontro, uma sensação perdida, perdida onde eu mais depositei amor.
Alguns dias atrás no ambiente mas comum em que alguém vai me achar, achei o que eu já não esperava mais, num desencontro casual, desses que esperamos a vida inteira para acontecer. Alguém ao não me reconhecer, perguntou-me se já nos conheciamos, num tom irônico, que me soou suave ao mesmo tempo, depois de me acompanhar em alguns cigarros, umas cervejas, nos lembramos de como éramos tão bobos, a alguns anos, de como faziamos planos, como todos os bons amigos fazem, e quando paramos no dia em que saímos sem direção alguma, e literalmente ébrios, tive a sensação de estar vivendo um dejá vu. Quase fomos espussos do local, a hora passou rápido, eu havia perdido duas aulas, e ele o ticket do estacionamento, foi divertido ve-lô procurar nos bolsos, agenda, embaixo da mesa, enquanto a minha cabeça martelava pensamentos estrondosos, eu queria fujir, por medo, medo do dia seguinte me apresentar uma ressaca moral.
Mais eu me rendi, fomos embora ás 00 e 35 da madrugada, andamos a orla inteira, enquanto ouvíamos o conteúdo inteiro do meu pen drive, eu sabia desde o primeiro momento, em que o vi, o que a noite me reservava, mas continuei ali, estagnada, boba, fitando-o lentamente a cada segundo. Paramos numa drogaria, e ele comprou alguns chicletes, embora eu não tenha dado credibilidade aquela parada, parada na drogaria para uns valdas, sei.
Pedi para ele me deixar em casa, e simplesmente ele colocou as mãos sob o volante, riu e disse que passamos muito tempo sem nos vermos, sim, eu tinha conhecimento de tal fato, até determinado momento, o que eu não sabia, ou não queria acreditar, era o que vinha depois. O que me deixou com ressaca moral até os últimos minutos, eu penso em todas as sensações, em todos os detalhes, e sabe o que acontece, me brota um sorriso, desses nos cantinho do rosto, bem espontâneo, é algo inexplicável, são milhares de sensações que só uma pessoa na vida é capaz de despertar em mim, e depois de tanto tempo, reaflora de maneira dispersa, se estendendo para todos os lados, algo que esteve preso por tanto tempo, eu sinto dizer, mais não quero sentir de novo.

quinta-feira, maio 06, 2010

Venho aqui por meio da minha forçada consciência, que como um martelinho, insiste em atrapalhar os meus dias mais corriqueiros, e inquietantes. Meu Deus que coisa estranha vê todos aqueles homens de roupas bem passadas e gravatas no lugar, ou todos aqueles trajes adequados a sua enebriante labuta. Não é novidade para todos vocês que eu tenho uma queda irreversível por bocas e mãos, é engraçado porquê quando conheço alguem, eu olho logo pra isso, as mãos tem que ter unhas bem cuidadas, e sem aquela aparência de roidor feelings, muito menos com aspecto 'ralador', a boca tem que ser corada e bem desenhada; mais enfim... não foi pra falar de mãos e um quadro com desenho de coração que estampa a face que vim até aqui hoje. Bom, também tenho uma paixão um tanto quanto 'incomum' á minha forte personalidade, tenho um disparate visceral por homens trajados a la 'entrepreneur', sim aquele terno, a camisa branca, a gravata descuidada em meio ao colarinho, aqueles sapatos, aquele traje todo, que os homens costumam usar por ai, reconheço que isso se chama fetiche, mais que pecado tem? ahaha, como disse um dia Emile Laurent 'Somos todos mais ou menos fetichistas' e é por ai mesmo... Antes de olhar pra face da criatura, fico vidrada na gravata, que loucura mais é uma doce loucura, sou capaz de conhecer a europa inteira enquanto estou com o olhar fixo no colarinho, talvez um dia eu anuncie por aí que é ousado demais aproxima-se de mim com esses trajes, mãos bem tratadas e boca corada, mas enquanto acho a formulação para outro fetiche, continuo
liberando endorfina nesses aqui mesmo.

quarta-feira, maio 05, 2010

Ao meu amado irmão.


Quando o destino ou o livre arbítrio vier a nos separar quero que você reflita e veja como a vida, ou melhor, como Deus nos foi grato dando um ao outro como irmãos.
Crescemos um pouco separados um do outro, mas quando nos foi dado a felicidade de ficarmos juntos, tudo foi mágico demais, você me chamava de irmã, lembra?! E eu sempre que ia lhe beijar ou abraçar recebia patadas, gritos e tapas...
Mas nada disso me fez desistir de você. Quando te conquistei, viramos pré-adolescentes, lembro quando sai pela primeira vez com você para uma balada, éramos bem novinhos e o lugar pesado demais para a nossa cabeça, embora tenha sido inesquecível.
Viramos melhores amigos, saíamos, compartilhavamos os mesmos amigos e você foi aos poucos se adaptando ao meu jeito de levar a vida; vê seu primeiro porre pra mim foi tão engraçado, e aos poucos você já tinha pra si os vícios que antes eram meus, mas que pra você, não tinha limites.
Aquilo me doía por dentro, me machucava e só eu sei o quanto eu me sentia culpada pelas coisas que você cometia.
Quando me acostumei, já não me sentia sua irmã, e sim sua mãe, e sofri mais ainda quando o destino me pregou essa peça. Te levar pra casa de cara cheia passou de engraçado á uma dor de cabeça terrível. Mas eu cuidei de você, te coloquei na cama quando foi preciso, te limpei, te despi, e no fim de tudo, velei teu sono, briguei nos seus dias de ressaca, peguei no teu pé quando foi preciso, chorei no teu colo quando algumas vezes voltei a ser tua irmã, mas me mantive firme no posto de mãe, gritando e te chingando, e ao me retirar, no quarto me debruçava a soluçar, como uma mãe que arremata a mão na face do filho pela primeira vez.
Isso começou a me destruir aos poucos, e vi quando cai na real que ser mãe pra você, te matava um pouquinho também. Abrir mão de consertar seus erros, me doeu um pouco, mas só assim você ia aprender com a vida, os erros e as decepções, o que eu não pude te ensinar.
Ao ter nossa última conversa, comigo ainda no papel de mãe, me sentia aliviada e de alma lavada, pois eu vi nos teus olhos, que aquele menino que eu sempre tratei como meu bebê cresceu, e virou um homem, passível de erros como todo ser humano. Lembre-se de todos os planos que fizemos um dia, de todos os risos, de todas as fugas, de todas as lágrimas, dos gritos que te dei e de quantos 'Eu te amo' você ouviu de mim e pergunte a si próprio até onde vai o meu amor por você!
E eu te digo, o meu amor por você vai muito além do plano físico, vai além de tudo isso citado acima, vai além de mim e de tudo que vivemos, e lembre-se, eu vivo e luto por nós, acredite! Eu me sacrificarei por você até quando eu puder. E lembre-se meu irmão, não existe amor de irmã como o meu, nem ninguém que te ame mais que eu, por fim: EU AMO VOCÊ!

domingo, maio 02, 2010

"Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais.
Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima.
Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e se recuo não volto mais. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu sou o que penso que eu sou. Nem nós o que a gente pensa que tem.
Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol, eu não gosto de senti-lo. Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Não vou à missa. Nem faço simpatias. Mas, rezo pra algum anjo de plantão e tenho em mim uma fé imensurável. Quando é impossível, debocho. Quando é permitido, duvido.
Bebo porque não me aceito tão sóbria, fumo pra enganar a ansiedade e não aposto em jogo de cartas marcadas. Penso mais do que falo. E falo muito, nem sempre o que você quer saber. Eu sei. Gosto de pintar a face , exceto por um batom vermelho nos lábios, pés descalços, nutro uma estranha paixão por mãos e bocas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas.
Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa herrera, salto alto e brilho no olhar, quando se traveste em sedução.
Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, tão raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez.
Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me 'assalta', eu reajo."


Martha Medeiros.

Modifiquei, e retirei algumas partes, para que assim, eu pudesse me vê nele.