terça-feira, julho 29, 2008


Estou desesperada a procura de sono,
No silêncio indiferente do meu drama.
Viro-me de um lado para o outro na cama.
Tentando esquecer do mundo no meu quarto escuro.
Num canto qualquer meus livros queridos,
O relógio marcando as horas... uma a uma.
Meu rosto afunda no travesseiro de penas,
Meu companheiro fiel nas noites de insônia.
E o sono não vem na madrugada deserta,
Vejo a luz do sol penetrar na janela entreaberta,
Em minha alma a ansiedade que ninguém vê...
O bom-dia no rádio numa canção qualquer,
Não fechei os olhos...um só minuto sequer.
Daqui a pouco mais uma dose de café,
Alguns textos a fazer.
É claro eu já estou de pé.




Bom dia menininhos e menininhas.
Boa quarta á todos.


(sem textos decentes hoje, desabafo)



Sim estarei meio ausente de 'tudo' , tomei algumas decisões que vão refletir futuramente pra mim, tô me afastando de muitas pessoas, de muitas coisas, pq ser individualista qd se é pro nosso bem, vale a pena as vezes, alias sempre. Tem muita coisa mudando na minha vida, e pode ter certeza de que quem vale a pena de verdade pra mim eu nao vou deixar pra trás.
Aprendi a ser falsa com quem tb é cmg, como diria minha mae a gente tem que ser amigo do inimigo, e mante-lo sempre por perto. Eu andei observando ultimamente e na vida realmente só se leva o que é bom e são tão poucas as coisas boas que temos, Pai e Mãe, a família em si, os verdadeiros amigos, um dois ou até três talvez, é mísera a numeração, mais é, é essa a tal realidade. Alguns 'amigos' lhe trairão enquanto vc deixar, sentirão inveja de você por trás, até que de você não reste mais nada, lhes contarão historias incriveis, vão finjir a felicidade, porém outros, saem da puta que pariu pra lhe vê, diz sempre que sente tua falta ' de verdade', reconhece sua voz a km de distancia, e mesmo que fiquem um dia sem fazer nada, pra ele vai ser o mais legal, e é esse ultimo que eu quero pra mim, é esse ultimoo que eu vou correr atrás, e ser verdadeira, e fiel, e falar a verdade, e rir de verdade, e rasgar a falsidade, pra esse primeiro eu só deixo um sorriso falso e singelo da alma, por que é assim a realidade de todo mundo. Sim, o mundo é dos mais espertos.

quarta-feira, julho 23, 2008




Embora a dor seja notável, o sofrimento é bem opcional
Embora todo o rancor seja interno, é difícil esconde-lô
Não se sente por sentir, se sente por viver
Se você vive, você sente

É dificil esconder-se do mundo
È dificil não sentir, não sofrer
É dificil acima de tudo não viver

A vida é um jogo de ilusão
Uma vez ou outra é necessário sonhar
Uma vez ou outra você vai perder
E se você sonhar e não acordar ?

Talvez você tenha a vida que quer para todo o sempre.
Talvez você encontre um grande amor.
Talvez você não sofra.
Talvez... ou nunca mais uma vez.




Mayara Karen :*

sábado, julho 19, 2008



Siga o seu destino sem olhar para o que deixastes pra trás.
Siga o seu destino e dê adeus ao que jamais amaste.
Arranje alguém que te acorde cedo na cama.
Que te observe atentamente, regue as plantas.

As coisas não são como queremos que seja sempre.
E elas sempre vão mudar, até nós mudamos.
A realidade é cega, e cega a nós-próprios.
Faça um voto de confiança a você mesmo.

Por que você sempre sabe que é capaz.
Todos precisam de um pouco de loucura, então, regue as plantas.
Siga o seu destino e dê ad
eus.

Mayara Karen.

sexta-feira, julho 18, 2008

Eu preciso de um café quente saindo do fogo, preciso ve a enebriante neblina que as pequenas porcoes de fumaças acabam por formar.
Eu preciso despertar de um sonho, que nao quer acabar, mais sonho nao deixa de ser sonho quando a gente esquece de acordar.
Eu preciso incendiar meu corpo com a mais nobre ternura de um abraço.
Eu preciso ver o tempo passar, os problemas cessarem, o vento pairar, enquanto só o meu corpo ficar.
Eu preciso de um sorriso singelo, da mais bondosa alma, que vier a me dar.
Eu preciso de um colo quente, uma mao sobre mim, porque eu tenho carinho pra dar.
Eu preciso sair na chuva, correr contra o tempo, fazer o que eu nao fiz por que ainda há coisas fora do lugar.


Mah.

quinta-feira, julho 10, 2008

Sexo e amor são a mesma coisa ?

Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta).



Texto : http://www.pensador.info/frase/MjU5NTM2/

Sem paciência pra criar algo.

quarta-feira, julho 09, 2008

Passagem da vida.

Frágil, pequeno, feto, sensível, calculavél
Felicidade, alegria, brincadeira, inocência
Crescimento, preocupação, quedas
Verde, novo, maduro, enxuto, lindo, belo

Amor, namoro, sexo, decepção
Contas, trabalho, cansaço, enfermidades
Frutos, família, lar, viagens, negócios
Paixão, adultério, desejo, medo

Amor, um só.
Trabalho, aposentado.
Netos, de todos os tamanhos.
Viagens, na alma.
Desejo, de viver.

Como tantas palavras e sentimentos conseguem se entrelaçar de uma forma alucinante ?
Como a vida consegue ser tão passageira ?
Como até os erros mais absurdos são perdoavéis ?
Como as árvores param de crescer ?

segunda-feira, julho 07, 2008

Pensante.




Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.

Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.

O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.

Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.